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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Síntese das personagens do reisado de caretas

Produção: Edinês Brito Pereira



Boi coração: um reisado de retorno.


O reisado de caretas é uma brincadeira presente em todo o território cearense, sendo mais freqüentes no Sertão Central, onde o ciclo do gado influenciou a vida do sertanejo, conseqüentemente todo o seu imaginário e suas práticas culturais. Este folguedo tem como uma de suas raízes os tempos das antigas Festas de Entrudo na Região Ibérica. No Brasil essas festas se fundiram a diversas influências indígenas e negras variando suas formas de manifestação cultural de região para região, tornando singular cada reisado e suas formas de expressão.
No presente trabalho procuramos mostrar um pouco do Reisado de Caretas Boi Coração e compreender a historicidade dos reisados de caretas em Cipó dos Anjos, distrito do município de Quixadá - Ceará. Tentando compreender as mudanças e permanências na sua representatividade e comentar sobre o significado de cada personagem dentro do folguedo.

OS CARETAS OU PAPANGUS


Um Reisado de retorno

Segundo a tradição, o reisado de caretas tem sua origem quando os três Reis Magos fora visitar o Menino Jesus e lhe ofereceram os presentes: ouro, incenso e mira. Porém, antes deles chegarem a Belém tinha passado por Herodes, que dizia também querer homenagear o futuro rei dos judeus. Herodes pediu aos Reis Magos que ao retornarem da visita passassem por seu palácio e comunicasse onde ele podia encontrar a criança.
Os Reis Magos ficaram maravilhados com o contexto em que o Filho de Deus nasceu, compreenderam que toda a riqueza e pompa eram coisas supérfluas. Passaram a louvar a Deus e saíram cantando e brincando. No seu trajeto de volta, para seus palácios, foram avisados por um anjo que não dissessem a Herodes onde Jesus estava. Pois Herodes pretendia matá-lo.
Contudo, eles tinham que retornarem pelo mesmo caminho de onde vieram. Surge, então, a idéia de se despojarem de suas vestes de luxo e voltaram usando máscaras e trapos, uma forma de louvor a Deus pelo seu despojamento e de enganar a Herodes. Retornaram pedindo esmolas e cantando por onde passavam, não foram reconhecidos como reis, mas como mendigos. Por este motivo se justifica a forma como os caretas se apresentam no reisado, sem roupas luxuosas e às vezes até descalços.

“De quantos creios, folganças e desenfados populares há em nosso Pernambuco, eu não conheço um tão tolo, tão estúpido e destituído de graça como o aliás bem conhecido bumba-meu-boi. (...) Até aqui não passa tal divertimento de um brinco popular e grandemente desengraçado. Mas de certos anos pra cá não há bumba-meu-boi que preste, se nele não aparece um sujeito vestido de clérigo, e algumas vezes de roquete e estola para servir de bobo da função. Quem faz ordinariamente o papel de sacerdote bufo é um brejeirote despejado, e escolhido para desempenhar a tarefa até o mais porco e nojento ridículo. Em um país católico romano consente-se e aplaude-se que na maior publicidade sirva de bobo um bandalho disfarçado em sacerdote, e com as vestimentas do culto...”1

Nesse sentido, podemos dizer que o reisado de caretas é a desconstrução do harmonioso e do belo. Nas suas danças cada brincante expressa o que sente, ao ouvir as músicas, não tem uma coreografia única para todos. De acordo com os depoimentos dos brincantes, Jesus veio para transformar a sociedade e o reisado de caretas de certa forma satiriza a realidade na qual ele esta inserido.


O BUMBA-MEU-BOI



Há várias versões sobre a origem do auto do boi no reisado. Uma delas diz que Catirine, representada aqui segurando o rabo do Boi, desejou comer a língua do boi da fazenda e pediu ao seu marido, Mateus, no caso aqui é o Caboclo, para matar o animal. Por ela está grávida, ele acabou cedendo ao desejo da esposa e matou o bovino. Pressionado pelo patrão o caboclo recorre a orações e cantos e ressuscita o animal de estimação. O auto consiste na morte e ressurreição do boi.
“O mais impressionante em nossas viagens foi descobrir como uma única tradição vai se alterando ao se adaptar aos costumes locais’, contou à SUPER o antropólogo Hermano Vianna. ‘O melhor exemplo é o festejo do boi. Encontrei tantas variações que desisti de procurar o original’, confessa. Em todo o país, a narrativa encenada com dança é sempre parecida: uma rês morre e é ressuscitada por um curandeiro. (...) Já o pesquisador José Ramos Tinhorão garante que a folguedo deve-se a uma contribuição do holandês Maurício de Nassau. Para inaugurar a ponte sobre o Rio Capiberibe, em Recife, no dia 28 de fevereiro de 1644, o conquistador da cidade teria mandado empalhar um boi que, amarrado por cabos, criava a ilusão de voar pelos ares. A atração teria sido criada por razões econômicas, já que a travessia da ponte exigia o pagamento de pedágio. A mesma história é narrada no capítulo O Boi de Palha, do livro Geografia do Brasil Holandês, do folclorista Luís da Câmara Cascudo.2


O Reisado de Caretas: Boi Coração, de Boa Água possui características bem singulares. Conserva nos seus cantos e danças as expressões, as representações e as manifestações artísticas de cada ator, agricultores e estudantes, filhos de agricultores, os brincantes, cuja idade varia entre 08 e 75 anos. Nosso propósito é mostrar e valorizar a importância deles enquanto promotores de cultura.


A BURRINHA



A burrinha, assim como as demais figuras do Reisado são representações reais e mitológicas de um período da vida sertaneja, que consiste em bailados, nos quais os caretas têm uma participação efetiva. Ela representa, também, o poder do dono da fazenda ao ornamentar seu animal com os melhores adereços daquela época, o que de certa forma lhe dava status sociais. Embora seja um entremeio singelo, ele é muito apreciado no espetáculo pela forma como acontece, ou seja, dançado e cantado. O aspecto religioso é que além de testemunhar o nascimento de Cristo, por isso, é considerado como um animal sagrado para o sertanejo, ela traz em seu lombo as marcas da urina de Jesus em forma de cruz.


EMA OU PINTINHA



Encontrada na fauna do sertão nordestino durante o período de ocupação do território e admirada por sua velocidade, passou a fazer parte dos reisados. No de Boa Água ela é conhecida também como “pintinha”. A figura feita de caçoá, uma espécie de cesto que se usava em carga de tropeiros, era enfeitada de papel e agora está sendo enfeitada com TNT, dando a impressão de que são penas. Num dos seus lados são colocados o pescoço e a cabeça de madeira, cujo bico abre-se no momento da apresentação para que o público coloque sua oferta em moedas.


CAIPORA


A caipora consiste na apresentação de um menino usando máscara, cachimbo e flecha. O personagem lendário do folclore brasileiro é representado no folguedo de forma singela e interessante. Segundo a tradição sertaneja, ao encontrar alguém na floresta a caipora pedia fumo. Caso a pessoa não desse o tabaco, ela começava a assobiar e a pessoa ficava perdida na mata. Quando ocorria o contrário ela encaminhava o indivíduo a sua casa. Ainda hoje há histórias a respeito da caipora em nossa região. Segundo o próprio Chico Emília, vaqueiro do Reisado já foi seguido por uma caipora. Para ele a caipora é um ser real, “protetor das caças”, como ele mesmo diz. No auto sua atuação desenvolve-se a partir do bailado:

“Quê que tem caipora
Que tanto chora (bis)
Pensando na mãe dela
Que foi embora (bis)

Cadê caipora que não
Quer chegar (bis)
Talvez teja esperando
A outra chegar (bis) ...”



CABEÇA DE FOGO OU ALMA



Antigamente, no sertão, eram costume as cotações de história envolvendo assombração e nas noites escuras algumas pessoas vestiam-se de branco, colocavam uma cabaça com uma lamparina acesa dela e ficava nos locais mais estratégicos para assombras quem por ali passava. A cabaça tem furos semelhantes a boca, olhos e nariz, dando a impressão de que fosse o Diabo. A partir desse mito surge o personagem no folguedo e está presente até hoje.



VITALINA



Boa Água, Cipó dos Anjos, Quixadá – Ce.
2011


A personagem da Vitalina é uma homenagem as moças que não conseguiram arranjar um casamento. Sua apresentação consiste em dança e na procura de um par para um possível casamento, onde ela escolhe alguém em meio ao público que assiste ao espetáculo. No entanto, ela acaba solteirona.


BABAU



O Babau é a penúltima figura a apresentar-se na folgança. Sua participação é breve. O Babau é uma carcaça da cabeça de um cavalo que chega conduzido por um dos caretas. Depois de correr um pouco em meio aos papangus, morde um, soltando o indivíduo somente quando for colocada uma rapadura em sua boca. Segundo a tradição popular, o Babau é um fantasma do cavalo de um antigo fazendeiro que costumava a assustar as pessoas que encontrava em meio ao caminho pelo qual passava. Ainda hoje os pais fazem referência a esta figura mitológica para amedrontar as crianças. Mas, segundo Chico Emília, isso não é verdade. Ele é um cavalo velho e magro que não consegue ficar mais exuberante. O entremeio é acompanhado por uma música e pela letra;

Cavalo véi, cavalo chotão
Ganha dinheiro pro teu patrão
Cavalo véi do Iguatu
Pega na mão do papangu
Cavalo véi do Quixadá
Ganha dinheiro pra nós gastar...




Momento da Tabacada


Este ato é o momento em que a Velha, a mãe dos papangus, passa mau e acaba desmaiando. Antigamente, dizem os brincantes, que quando as pessoas desmaiavam ou tinham ataques epiléticos, usava-se uma mistura de pimenta e tabaco para o individuo inalar e voltar ao normal. Assim ocorre com a personagem após um dos caretas dizerem alguns relaxos e desta forma termina o folguedo.


BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

ARANTES, Antonio Augusto. O Que é Cultura Popular?. 14a Edição. São Paulo. Editora Brasileiense, 1990.
ANDRADE, Lauro Ruiz. Bumba-Meu-Boi e Outros Temas. Edições UFC. Fortaleza-CE: Col. Alagadiço Novo, 1985.
ALVES, Teresinha de Jesus. “Quando começava aquele xote eu mim arrepiava todo e queria logo sapatear e dizer relaxos”: Reisado de Reriutaba. Fortaleza – CE: UECE, 2002, (Monografia apresentada ao curso de especialização da \Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Metodologia do Ensino de História)
BRANDÂO, Carlos Rodrigues. O Que é Folclore?. 7a Edição. São Paulo-SP. Coleção Primeiros Passos, 1986.
BARROSO, Gustavo. Terra do Sol (Natureza e Costumes do Norte). 6a Edição. Fortaleza-CE: Editora Imprensa Universitária, 1962
BARROSO, Oswald. Reis de Congo. Fortaleza-CE: Ministério da Cultura. Faculdade Latina – Americana de Ciências Sociais. Museu da Imagem e do Som, 1996.
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CERTEAU, Michel de. Artes de Fazer: A invenção do Cotidiano. Petrópolis: Vozes, 1994.
CHARTIER, Roger. “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico. Estudos Históricos. Rio de janeiro, v 8, n 9. p. 179-192, 1995.
COELHO, Teixeira. O Que é Industria Cultural. 14a Edição. São Paulo: Brasiliense, 1991.
COSTA, João Eudes Calvalcante. Retalhos da História de Quixadá. Rio-São Paulo-Fortaleza: ABC, 2002.
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MONTENEGRO, Antonio Torres. História Oral e Memória. São Paulo: Editora Contexto, 1994.
MÂCEDO, Maria Helena N. de. A Vázea do Meio e o Reis de Couro: Sobrevivência de uma Manifestação Secular. Bodocó-PE. URCA, 2001. (Monografia apresentada á coordenação do Curso de Especialização em História do Brasil-Turma III, da Universidade Regional do Cariri –CE)
ORTIZ, Renato. BORELLI, Silvia Helena S. & RAMOS, José Mário Ortiz. Telenovelas: História e produção. 2a Edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991.
PROENÇA, Maria Candido e MANIQUE, Antonio Pedro. Didática da História: Patrimônio e História Local. 1a Edição, Portugal-Lisboa: Texto Editora.
SOUZA, Océlio Teixeira de. A Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha.(CE): entre o controle e a autonomia (1928-198). Rio e Janeiro: UFRJ /UFC, 2000. DISSERTAÇÃO (Mestrado em História Social)
THOMPSOM, E. P. História Social e Antropologia. San Juan-México: Instituto Mora, 1994.
NEVES, Joana. O Ensino de História Local. Projetos Patos. João Pessoa: NDIHR/UFPB, 1983.
VIEIRA, Maria do Pilar Araújo. A Pesquisa em História. São Paulo: Ática, 2000
MASSON, Celso. bumba-meu-boi. Revista Super Interessante. Ano 14, n 6, p.57, jun. 2000.
GROSSI, Yonne de S. e FERREIRA, Amauri C. Revista da Associação Brasileira de História Oral.. v 4, n. 9, p. 25 e 31, jun. 2001


FONTES

Nós temos dois tipos de fontes primárias: as orais e as escrita.
As orais dividem-se em dois grupos: os brincantes dos Reisados de Espinheiro e Boa Água e os moradores e ex-moradores do distrito que deram contribuições valiosas para a constituição deste trabalho. A segunda consiste nos livros de memória do Reisado de Caretas: Boi Coração e em duas reportagens de um jornal do Estado.

ATORES DOS FOLGUEDOS ENTREVISTADOS:

Ânjelo Batista (Seu Raimundo Batista), em 31/01/2003.
Antônio Rodrigues da Silva (Seu Sitônho), em 24/04/2001 e em 20/05/2008.
Everardo Domingo Firmino, em 20/05/2008.
Francisco Alves de Oliveira (Titico), em 29/01/2003.
Francisco Ferreira Néris (Chico Emílio), em 29/10/2002 e em 20/05/2008.
Francisco Ferreira Neto (Chico Mago), em set. 2002.
Francisco Firmino de Assis (Seu Assis), em 2910/2002 e em 26/05/2008.
José Alves de Lima (Lima),08/09/2002.
José Laurentino da Silva (Seu Ciço Marculino), 07/08/2002.
José Mascena da Silva (Seu Duda), em 19/11/2002.
José Mascena da Silva Filho (Dedé do Duda), em 28/09/2002.
Raimundo Alves (Mundola), em 25/01/2003.
Sebastião Ferreira da Cruz (Sebastião Mago), em 29/09/2002.


ESPECTADORES DO REISADO, MORADORES E EX-MORADORES DO DISTRITO CIPÓ DOS ANJOS ENTREVISTADOS:

Aírton Buriti de Lima
Antônia Eliene de Freitas do Nascimento (Liça), em 25/03/2003.
Dionisa Maria de Lima (Dona Nuca), em 14/12/2002.
Edilene Ferreira Néris (Lenor), em 29/10/2002.
Edimunda dos Santos Ferreira, em set. 2002.
Ercília Inácio, em 08/12/2002.
Ecília Pontes Pereira Soares, em jan. 2003.
Francisco Erivaldo de Holanda, em 14/12/2002.
Maria Dila Buriti de Sousa, em 16/03/2003.
Maria de Lurdes Arruda Alves (Lurdinha), em 08/09/2002.
Maria de Lurdes Buriti de Lima, em 25/02/2003.
Maria Martins da Silva (D. Mulica), em 25/02/ 2003.
Nair Honorato da Silva, em 26/03/2003.



FONTES ESCRITAS:

Diário do Nordeste. Fortaleza, Ceará – 17 de agosto de 2005.
Diário do Nordeste. Fortaleza, Ceará – 21 de agosto de 2005.
Os dois livros de memórias do Reisado de caretas: Boi Coração.

3 comentários:

  1. MUITO BONITA ESSA BRINCADEIRA, UMA FORMA DE MANTER VIVA A CULTURA DE UM POVO!!!!
    SEMPRE GOSTEI!!! PENA NÃO FAZER MAS PARTE DO GRUPO.... PARABÉNS

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  2. Em nossa comunidade,Campestre da Penha foi feito um Documentário sobre as tradições e cultura de nossa gente. Mumba Meu Boi por Osvald Barroso e se encontra no Museu da Imagem e Som em Fortaleza. Espero poder rever esse Documentário. Já que estamos em estudo e resgate da cultura de nossa gente .

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  3. Em nossa comunidade,Campestre da Penha foi feito um Documentário sobre as tradições e cultura de nossa gente. Mumba Meu Boi por Osvald Barroso e se encontra no Museu da Imagem e Som em Fortaleza. Espero poder rever esse Documentário. Já que estamos em estudo e resgate da cultura de nossa gente .

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